domingo, 29 de setembro de 2024

ÁGUA DE LASTRO E O NOVO MEXILHÃO VERDE

Água de lastro é o material que preenche os porões do navio descarregado equilibrando sua estrutura durante a navegação ou quando está atracado no porto.

Considerando uma grande embarcação sem carga, torna-se instável para navegação, aumentando assim o risco de acidentes em águas agitadas ou durante tempestades. Quando o navio chega a outro porto para receber uma nova carga, a água de lastro é então despejada no mar num processo chamado de deslastro.

Antigamente, pedras ou areia eram usadas para este fim, mas no final do século XIX essa prática foi alterada e a água passou a ser o material preferido.


https://marsemfim.com.br/a-agua-de-lastro-de-navios-e-a-bioinvasao/

Quando a água de lastro é despejada em um porto distante de sua origem, os organismos presentes nela podem ser liberados em um ecossistema totalmente diferente. As espécies invasoras que chegam por meio dessa água não se restringem a peixes e crustáceos, mas incluem vírus, bactérias, larvas, cistos, algas e até fragmentos de animais oriundos de ecossistemas diferentes dos brasileiros. 

Esses organismos costumam se adaptar de forma resistente ao novo ambiente, provocando graves desequilíbrios ecológicos, já que, em muitos casos, eles se reproduzem rapidamente em condições favoráveis, sem enfrentar concorrentes naturais ou predadores. Isso compromete a capacidade de regeneração do ecossistema local, que não consegue eliminar os resíduos prejudiciais por conta própria.

A competição com espécies nativas é uma das consequências, pois os organismos invasores podem disputar recursos como alimento e espaço, o que pode reduzir a população de espécies nativas e até levar à extinção de algumas delas. Além disso, algumas espécies invasoras atuam como predadores, alterando as cadeias alimentares e causando mais desequilíbrios.

A introdução de espécies invasoras por meio da água de lastro pode diminuir a biodiversidade local, uma vez que as espécies nativas não possuem defesas naturais contra esses novos predadores e competidores.

A redução da biodiversidade também enfraquece a capacidade dos ecossistemas de se adaptarem a mudanças ambientais, como o aquecimento global. Por isso, o controle e a gestão adequada da água de lastro são essenciais para proteger a biodiversidade marinha e preservar a saúde dos ecossistemas ao redor do mundo.

https://www.gazetasp.com.br/cotidiano/mexilhao-invasor-preocupa-pesquisadores-chega-litoral-sao-paulo/1143029/

Por ano, são movimentadas aproximadamente 10 bilhões de toneladas de água de lastro no mundo. Estima-se que mais de 80 milhões de toneladas de água de lastro sejam lançadas anualmente no litoral brasileiro, onde 95% do comércio exterior acontece por via marítima.


https://cienciahoje.org.br/artigo/mexilhao-dourado-no-brasil/

O mexilhão verde, conhecido como *Perna canaliculus*, é uma espécie nativa da Nova Zelândia, mas se tornou uma preocupação em várias regiões, incluindo algumas áreas do Brasil, devido à sua introdução acidental em novos ecossistemas. Sua relação com a água de lastro é significativa, pois essa água, utilizada por embarcações para garantir estabilidade e equilíbrio, frequentemente contém organismos aquáticos, incluindo larvas de mexilhões.

Quando os navios descarregam essa água em portos, esses organismos podem ser introduzidos em ecossistemas onde não têm predadores naturais, o que pode levar a uma rápida proliferação. O mexilhão verde, com sua alta taxa de reprodução e capacidade de colonizar superfícies, pode competir com espécies nativas por recursos e habitat, prejudicando a biodiversidade local e alterando ecossistemas aquáticos.

Medidas de controle, como a regulamentação do uso de água de lastro e programas de monitoramento, são essenciais para mitigar os impactos da introdução de espécies invasoras como o mexilhão verde.


https://pt.slideshare.net/slideshow/gua-de-lastro-76125655/76125655

As opções atualmente para diminuir o impacto ambiental nas (águas de lastro) que chegam a ser considerada são:

  • métodos mecânicos de tratamento, como filtragem e separação
  • métodos físicos, como esterilização com ozônio
  • luz ultravioleta
  • correntes elétricas
  • tratamento térmico
  • métodos químicos, que envolvem a adição de biocidas à água de lastro para eliminar organismos.

Todas essas alternativas requerem esforços significativos de pesquisa para o futuro. Os principais desafios estão relacionados à escala dessas novas técnicas, que precisam ser capazes de lidar com grandes volumes de água de lastro, igual às cerca de 60.000 toneladas que um navio graneleiro de 200.000 DWT pode carregar.

https://pensamentoverde.com.br/wp-content/uploads/2014/02/infografico-pronto.jpg

Assim, se pode concluir que a água de lastro, apesar de sua função crucial na navegação, representa uma séria ameaça à biodiversidade marinha ao facilitar a introdução de espécies invasoras. Essas espécies, como o mexilhão verde, podem competir com as nativas, causando desequilíbrios ecológicos e reduzindo a biodiversidade. A implementação de medidas de controle e tratamento da água de lastro é essencial para mitigar esses impactos, protegendo ecossistemas e promovendo a saúde ambiental. Portanto, a gestão responsável dessa prática é crucial para a preservação dos ambientes marinhos.


Postado pelo Grupo Suricato


REFERÊNCIAS:

Disponível em: http://www.brasilescola.com/biologia/sgua-lastro-suas-ameacaspotencial.htm. Acesso em 26 de setembro de 2024.

Souza, R.C.C.L.; Calazans, S.H. & Silva, E.P. 2009. Impacto das Espécies Invasoras no Ambiente Aquático. Ciência e Cultura, 61: 35-41.

LUCENA, Felipe. Mexilhão invasor capaz de causar danos ao meio ambiente e à saúde está sendo encontrado em grandes quantidades: a espécie é trazida por navios. ambientalistas cobram maiores ações de órgãos públicos para conter os danos provocados por ela. A espécie é trazida por navios. Ambientalistas cobram maiores ações de órgãos públicos para conter os danos provocados por ela. 2024. Disponível em: https://diariodorio.com/mexilhao-invasor-capaz-de-causar-danos-ao-meio-ambiente-e-a-saude-publica-esta-sendo-encontrado-em-grandes-quantidades-na-baia-de-guanabara/. Acesso em: 10 set. 2024.

BRASÍLIA. Governo Federal. Secretaria do Meio Ambiente (ed.). Meio ambiente: água de lastro. Brasília: MMA, 2012. 1 v. MMA. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/gestao-territorial/combate-a-desertificacao/convencao-da-onu/principios/itemlist/category/111-agua-de-lastro.. Acesso em: 26 set. 2024.

ARAGUAIA, Mariana. "Água de lastro e suas ameaças em potencial"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sgua-lastro-suas-ameacas-potencial.htm. Acesso em 27 de setembro de 2024.

BONTURI, Roberta. Água de Lastro. 2020. Disponível em: https://olharoceanografico.com/agua-de-lastro/. Acesso em: 26 set. 2020.




sábado, 28 de setembro de 2024

Logísticas reversa dos paletes

            Logística reversas dos Paletes


A logística permite uma visão integrada das atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, englobando os aspectos de planejamento, implementação e controle de procedimentos envolvidos nos processos de compra, estocagem e transporte até o cliente. Seguindo o fluxo inverso, a logística reversa busca agregar valor aos produtos que serão devolvidos para as empresas, sendo utilizada como estratégia competitiva. Diante disto, o objetivo deste artigo é caracterizar a logística reversa de paletes em uma cooperativa agroindustrial evidenciando a quantidade reutilizada bem como avaliando o potencial da prática na redução de custos do setor. Para tal, a metodologia é classificada como aplicada, qualitativa, explicativa e estudo de caso. As informações foram obtidas através do sistema ERP utilizado na cooperativa e permitiu verificar a quantidade de paletes que não retornam à empresa, identificou-se, então, os principais clientes e analisou a viabilidade de se aplicar a logística reversa. Constatou-se que o retorno financeiro neste caso seria de aproximadamente R$176.000,00, que poderia ser revertido em melhorias na própria cooperativa. Além da questão financeira, a aplicação da logística reversa de paletes seria uma forma de aumentar a competitividade e imagem perante os clientes.



                                                   https://revistas.utfpr.edu.br/revistagi/article/viewFile/8818/6632




 https://logiscal.com.br/locacao-de-palete-logistica-reversa/

QUEM NUNCA PERDEU O SONO COM PROBLEMAS RELACIONADOS A PALLETS?

Inúmeros são os riscos, custos e problemas para se administrar a cadeia de giro da conta (PALLET) em todas as empresas, sejam elas do setor de fabricação ou distribuição e transporte.

 

FOI PENSANDO NISSO QUE NÓS CRIAMOS A ÚNICA E MAIS COMPLETA SOLUÇÃO PARA ESSES PROBLEMAS

A locação de paletes com logística reversa é o método mais simples e mais barato para uma SOLUÇÃO TOTAL na cadeia de abastecimento e giro de paletes, proporcionando aos nossos clientes usuários de paletes uma REAL CONFIANÇA em todo o ciclo do palete

Quantas vezes uma empresa já parou (ou quase parou) porque o usuário do palete não pode utilizar os paletes que comprou/recebeu por simplesmente os paletes comprados não atenderem a specificação solicitada e estarem fora das medidas/tamanhos ou com madeira de qualidade inferior, ou até mesmo contaminados ou podres (se a compra foi de paletes usados), que poderia causar a contaminação dos produtos e, em caso pior, a quebra do palete estocado em altura e deixando seus funcionários com risco de acidente graves ou até fatais;

PREOCUPAÇÃO COM O ABASTECIMENTO PONTUAL

Os administradores da produção e da distribuição quase perdem a cabeça com os frequentes atrasos nas entregas de fornecedores de paletes, que colocam em risco toda a operação produtiva que pode simplesmente PARAR POR FALTA DE PALETES para paletizarem seu produto;

 

 https://logiscal.com.br/locacao-de-palete-logistica-reversa/


DIFICULDADES EM ADMINISTRAR A LOGÍSTICA REVERSA DOS PALETES (RETORNO DOS DISTRIBUIDORES E REVENDEDORES FINAIS)


A) Aparecem inúmeros contratempos e impedimentos em administrar o retorno dos paletes, gerando desgastes com clientes, transportadores e sendo necessário contratar e destinar uma grande equipe para a mesa de logística visando unicamente administrar os saldos de paletes enviados para os clientes e lutarem constantemente para conseguirem coleta-los de volta;
B) Grande prejuízo financeiro referente ao palete que não é possível recoletar nos clientes, seja por desvios dos paletes na cadeia de abastecimento ou até mesmo inviabilidade logística devido a distância de localização do palete, causando uma perda do patrimônio da empresa que jamais será recuperada;

ALTO CUSTO DE COMPRA
ALTO CUSTO DE SELEÇÃO, TRIAGEM E REFORMA E HIGIENIZAÇÃODE PALETES QUEBRADOS E REPOSIÇÃO DE PALETES SUCATEADOS


Esse é um dos principais (se não o principal) problema das empresas, por dois fatores:

Pallet hoje não é barato e exige altos investimentos em um parque de paletes fixo/imobilizado e de giro até o revendedor varejista para garantir o funcionamento correto da empresa e a rotatividade dos produtos fabricados.

Se já não bastasse todos os problemas acima citados, as empresas ainda sofrem com os custos de equipes para recebimento, seleção/triagem, reforma e higienização dos paletes que retornam quebrados dos clientes (mesmo que tenha sido enviado paletes novos) e também com a perda dos paletes sucateados que não tem possibilidade de serem reformados, custos esses que podem ser minimizados (porém não extintos) com a contratação de uma empresa especializada na área de reforma de paletes.


                                          TABELA  DE CUSTOS COM PALETES 


           https://lalt.fecfau.unicamp.br/tccs_fec_0600/turma17/rafael_pazzini/tcc.pdf



                                                                  POSTADO POR RINOCERONTE




https://revistas.utfpr.edu.br/revistagi/article/viewFile/8818/6632

https://logiscal.com.br/locacao-de-palete-logistica-reversa/

https://lalt.fecfau.unicamp.br/tccs_fec_0600/turma17/rafael_pazzini/tcc.pdf

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Logística Reversa: Pilhas e Baterias.

 

Logística reversa: Pilhas e baterias

 

https://sinir.gov.br/perfis/logistica-reversa/logistica-reversa/pilhas-e-baterias/

A logística reversa de pilhas e baterias é um conjunto de práticas e processos que visam a coleta, transporte e destinação adequadas após o uso desses produtos após seu uso. Esse tipo de procedimento logístico tem um papel crucial devido ao potencial impacto ambiental e riscos à saúde associados ao descarte inadequado, pois contém substâncias químicas tóxicas.

As pilhas e baterias são importadas e passa por todas as etapas logística até chegar ao comerciante, do comerciante até o consumidor. Após o término de sua carga e ou vida útil é dever do consumidor levar as pilhas e baterias usadas até o ponto de descarte correto. Segundo informações divulgadas pela Green Eletron, atualmente existem 4.453 pontos de coleta no Brasil, e no ano de 2020 foram coletadas mais de 1.700 toneladas de pilhas.

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que inclui fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e os próprios consumidores. Os principais pontos da logística reversa são:


Ponto de coleta:

https://greeneletron.org.br/blog/saiba-onde-descartar-o-lixo-eletronico-na-baixada-santista/

Conforme a lei 12.305/2010 já mencionada acima, empresas e estabelecimentos comerciais disponibilizam locais para a entrega voluntária de pilhas e baterias usadas. É dever do consumidor realizar o descarte adequadamente. Clique aqui para saber onde descartar corretamente.

Transporte e armazenamento:

https://greeneletron.org.br/blog/reciclagem-pilhas-baterias/

Após a coleta, as pilhas e baterias passam por um processo de transporte para locais adequados, onde são armazenadas de forma segura e passam a aguardar a próxima etapa, a triagem.


Destinação Final:

https://www.ufmg.br/sustentabilidade/noticia/ufmg-destina-pilhas-e-baterias-de-forma-ambientalmente-adequada/

Recém chegadas, as pilhas e baterias passam por um processo de triagem e são separadas de acordo com seu tipo (alcalinas, lítio, níquel-cádmio, chumbo-ácido, etc.). Cada tipo de pilha ou bateria requer um processo de reciclagem específico. Quando a reciclagem não é viável ou economicamente sustentável, a destinação final envolve o descarte em locais apropriados para resíduos perigosos, como aterros controlados e incineradores especiais.


Postado por Grupo Beija-flor



REFERÊNCIAS

BRASIL. Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR). Logística reversa de pilhas e baterias. Disponível em: https://sinir.gov.br/perfis/logistica-reversa/logistica-reversa/pilhas-e-baterias/. Acesso em: 19 set. 2024.

GREEN ELETRON. Reciclagem de pilhas e baterias. Disponível em: https://greeneletron.org.br/blog/reciclagem-pilhas-baterias/. Acesso em: 20 set. 2024.

GREEN ELETRON. Saiba onde descartar o lixo eletrônico na Baixada Santista. Disponível em: https://greeneletron.org.br/blog/saiba-onde-descartar-o-lixo-eletronico-na-baixada-santista/. Acesso em: 20 set. 2024.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. UFMG destina pilhas e baterias de forma ambientalmente adequada. Disponível em: https://www.ufmg.br/sustentabilidade/noticia/ufmg-destina-pilhas-e-baterias-de-forma-ambientalmente-adequada/. Acesso em: 20 set. 2024.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Logística Reversa do Plástico

 Logística reversa

 A logística reversa é o processo de coleta de produtos e resíduos gerados pelos consumidores, com o objetivo de destiná-los de forma adequada.

Modelos de Logística reversa

logística reversa pós-venda consiste no retorno de produtos após sua aquisição por alguma razão comercial ou descontentamento, porém antes de seu uso. Defeitos, arrependimento de compra e pedidos incorretos são exemplos de motivos para clientes solicitarem o recolhimento dos produtos. É muito comum em e-commerce, por exemplo.

reuso é efetuado pensando na aquisição do produto pela empresa e sua posterior revenda após o uso do consumidor, sendo implementado através de leilões. É comum em empresas comerciantes de livros, automóveis e móveis

logística reversa pós-consumo é o sistema que tem ganhado força nos últimos anos, uma vez que se tornou obrigatória para alguns setores devido à Lei 12.305/2010.

Caracteriza-se pela coleta e encaminhamento à reciclagem (ou outra destinação adequada) de produtos e seus resíduos após o descarte do consumidor final.

Empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens, de uma maneira geral, costumam fazer implementar este sistema, uma vez que geram uma grande quantidade de resíduos e o setor possui forte regulamentação.

Processos de Reciclagem Plástica

Reciclagem química transforma plásticos selecionados em componentes químicos individuais por meio de reações químicas ou térmicas. Esse processo aceita diferentes tipos de plásticos e materiais, como tintas e papéis, sendo muito utilizado em refinarias.

Reciclagem mecânica envolvendo etapas como moagem e extrusão, convertendo resíduos plásticos em grânulos reutilizáveis.

Reciclagem energética utiliza processos térmicos para gerar energia, semelhante ao combustível fóssil, mas não é ideal para reaproveitamento de materiais, pois reduz o volume em até 90%.


Avanços na tecnologia de reciclagem de plástico


Os recentes avanços na tecnologia de reciclagem de plástico têm trazido melhorias significativas no processo de reutilização de resíduos plásticos, tornando-o mais eficiente e sustentável. Uma dessas inovações é a reciclagem química, que decompõe os plásticos em seus componentes originais, permitindo a criação de novos produtos sem perda de qualidade. Além disso, a integração de inteligência artificial e robótica tem aprimorado a triagem de resíduos, aumentando a precisão na separação dos diferentes tipos de plásticos. Tecnologias biológicas, como enzimas que decompõem materiais plásticos específicos, também têm sido desenvolvidas, oferecendo uma solução promissora para a reciclagem de plásticos de difícil processamento. Esses avanços, aliados a melhorias nos métodos de reciclagem mecânica, têm contribuído para a criação de um sistema mais eficaz de reciclagem e promovido a transição para uma economia circular, na qual os plásticos são constantemente reaproveitados.


https://www.reciclagemnomeioambiente.com.br/wp-content/uploads/2013/07/reciclagem-do-plastico-tipos.jpg


Impacto ambiental da logística reversa do plástico



Uma alternativa mais sustentável para a sociedade e o meio ambiente é a logística reversa, que, quando aplicada na indústria, contribui para reduzir várias formas de poluição ambiental. 
O consumo excessivo de bens e produtos feitos com materiais de fontes não renováveis é um grave desafio, gerando uma grande quantidade de resíduos sólidos, tanto industriais quanto urbanos, que muitas vezes não são descartados de maneira adequada.
Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos Diante desse problema de descarte inadequado, especialmente por parte das indústrias, foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por meio da Lei n° 12.305/10. Essa lei estabelece princípios, objetivos e ferramentas para o manejo dos resíduos sólidos, além de diretrizes para a gestão integrada e o gerenciamento desse material, entre outros aspectos. O artigo "Logística Reversa", publicado no portal eCycle, destaca que a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a logística reversa são princípios fundamentais da lei.


 https://www.piramidal.com.br/blog/economia-circular/logistica-reversa-na-industria-do-plastico/#


Segundo a PNRS, a responsabilidade por cada produto envolve comerciantes, fabricantes, importadores, distribuidores, consumidores e responsáveis pelos serviços de limpeza e gestão de resíduos urbanos.

Assim, a PNRS exige que as empresas aceitem a devolução de seus produtos descartados e se responsabilizem pelo destino final desses itens.

A lei define a logística reversa como um "instrumento de desenvolvimento econômico e social, composto por um conjunto de ações, procedimentos e meios para viabilizar a coleta e devolução dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento em ciclos produtivos ou outra destinação ambientalmente adequada".

Logística Reversa do Plástico e sua Integração com a Economia Circular

A logística reversa do plástico é um elemento essencial para a promoção da sustentabilidade e a mitigação dos impactos ambientais causados pelo uso excessivo desse material. Este conceito se refere ao processo de retorno de produtos plásticos ao ciclo produtivo, permitindo sua reciclagem e reutilização. A integração da logística reversa com a economia circular não apenas contribui para a redução do desperdício, mas também gera novas oportunidades econômicas. Este texto explora os benefícios, desafios e a importância dessa prática, com base em referências relevantes.

O Desafio do Plástico 

A produção e o consumo de plásticos têm aumentado exponencialmente nas últimas décadas. Segundo a Fundação Ellen MacArthur (2016), cerca de 300 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, e apenas uma fração é reciclada. A poluição plástica tem se tornado um dos principais desafios ambientais, afetando ecossistemas, fauna e flora, além de representar riscos à saúde humana.

O Papel da Logística Reversa 

A logística reversa visa recuperar produtos e materiais após seu uso, promovendo a coleta, triagem e reaproveitamento dos plásticos. Lindhqvist (2000) define a logística reversa como "o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e do armazenamento de bens, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou descartar adequadamente".

Exemplos de Práticas de Logística Reversa:

Programas de Devolução: Muitas empresas, como a Coca-Cola e a Unilever, implementaram programas de devolução de embalagens, incentivando os consumidores a retorná-las para reciclagem.

Pontos de Coleta: Redes de pontos de coleta em supermercados e locais públicos têm sido criadas para facilitar o retorno de embalagens plásticas. 5. Integração com a Economia Circular A economia circular propõe um modelo que visa fechar o ciclo de vida dos produtos, mantendo os recursos em uso pelo maior tempo possível. De acordo com Geissdoerfer et al. (2018), a economia circular "promove a redução, reutilização e reciclagem de materiais, minimizando a exploração de recursos naturais". 6. Benefícios Econômicos da Logística Reversa

Redução de Custos Operacionais: A reciclagem de plásticos pode levar à diminuição dos custos de produção. Empresas que utilizam materiais reciclados podem economizar em insumos e processos.

Criação de Novos Mercados: A demanda por produtos feitos de materiais reciclados está crescendo. Segundo a Global Recycling Foundation (2020), o mercado global de plásticos reciclados pode superar 60 bilhões de dólares até 2024.

Inovação e Desenvolvimento Tecnológico: O investimento em tecnologias de reciclagem pode gerar novas oportunidades. Pérez et al. (2020) destacam que o desenvolvimento de novos processos de reciclagem pode transformar plásticos de difícil reciclagem em materiais reutilizáveis. 7. Desafios a Serem Superados Embora a logística reversa do plástico traga muitos benefícios, ainda existem obstáculos significativos:

Infraestrutura Insuficiente: A falta de infraestrutura para a coleta e processamento de plásticos recicláveis é um desafio. Segundo o Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (2021), muitas regiões ainda carecem de sistemas adequados de gestão de resíduos.

Educação do Consumidor: A conscientização sobre a importância da reciclagem e da logística reversa é crucial. Campanhas educativas podem aumentar a taxa de retorno de produtos.

Regulamentação: Políticas públicas que incentivem a reciclagem e a logística reversa são essenciais. A Diretiva da União Europeia sobre Plásticos (2019) estabeleceu metas ambiciosas para a reciclagem de plásticos, evidenciando a importância do apoio governamental. 8. Conclusão A logística reversa do plástico, ao se integrar com a economia circular, representa uma oportunidade valiosa para enfrentar os desafios ambientais e econômicos do século XXI. Por meio de práticas eficientes de gestão de resíduos, é possível transformar o plástico de um problema ambiental em um recurso valioso. Com a colaboração entre empresas, consumidores e governos, podemos construir um futuro mais sustentável e próspero.
https://ivcembalagens.com.br/img/gallery/economia-linear.jpg

Postado pelo Grupo Águia

Referências:

A POLEN (Rio de Janeiro) (org.). Entenda 3 tipos de logística reversa: conheça diferentes tipos de logística reversa. Conheça diferentes tipos de logística reversa. 2019. A Polen. Disponível em: https://www.creditodelogisticareversa.com.br/post/t-entenda-3-tipos-de-logistica-reversa. Acesso em: 20 ago. 2019.

JACKY. Quais são os últimos avanços na tecnologia de reciclagem de plástico. Disponível em: https://amgplastech.com/pt/what-are-the-latest-advances-in-plastic-recycling technology/#:~:text=Os%20%C3%BAltimos%20avan%C3%A7os%20na%20tecnologia%20de%20reciclagem%20de,a%20tornar%20a%20reciclagem%20mais%20eficiente%20e%20eficaz.. Acesso em: 05 jun. 2024.

PIRAMIDAL. Logística Reversa e Indústria do Plástico: entenda os benefícios dessa união para o planeta.2022. Economia Circular. Disponível em: https://www.piramidal.com.br/blog/economia-circular/logistica-reversa-na-industria-do-plastico/#. Acesso em: 17 set. 2024.

Fundação Ellen MacArthur. (2016). The New Plastics Economy: Rethinking the Future of Plastics. Lindhqvist, T. (2000). Extended Producer Responsibility in Cleaner Production: The Case of Sweden. Geissdoerfer, M., Savaget, P., Bocken, N. M. P., & Hultink, E. J. (2018). The Circular Economy – A new sustainability paradigm?. Journal of Cleaner Production. Global Recycling Foundation. (2020). Global Recycling Market Report. Pérez, C., González, E., & Caro, P. (2020). Plastic Waste Recycling: Opportunities and Challenges. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. (2021). Global Waste Management Outlook. União Europeia. (2019). Directive (EU) 2019/904 on the reduction of the impact of certain plastic products on the environment.




segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Logística reversa: Vidros

Logística reversa: Vidros


A logística de vidros envolve processos de transporte, armazenamento e gestão de embalagens de vidro, principalmente no contexto de reciclagem e reaproveitamento de materiais. No Brasil, a logística reversa para embalagens de vidro foi instituída por meio de regulamentações como o Decreto nº 11.300 de 2022, que visa promover a devolução dessas embalagens ao ciclo produtivo. O objetivo é reduzir o descarte inadequado e incentivar a reciclagem, o que, além de gerar empregos verdes, contribui para a preservação dos recursos naturais e a eficiência energética na produção industrial​.
Além de evitar o acúmulo de vidro em aterros sanitários e áreas públicas, a logística de vidros combate problemas ambientais e de saúde, como a proliferação de mosquitos em garrafas descartadas de forma inadequada. O sistema também permite que materiais reciclados sejam reintroduzidos na produção, reduzindo o consumo de energia e as emissões de CO₂.
Empresas como a Ambipar têm liderado projetos que facilitam esse processo, com investimentos em coleta e transporte de embalagens para reciclagem, integrando-as à cadeia produtiva de forma mais eficiente.

https://pegadaneutra.com.br/blog/posts/logistica-reversa-embalagens-vidro

Como é realizada a reciclagem do vidro.

A decomposição do vidro demora cerca de 5 mil anos, deste modo a reciclagem do material se torna necessária para a viabilização da reutilização e diminuição da produção de novos elementos. Para este processo e preciso analisar e trabalhar a conscientização do ciclo de reciclagem.

https://ambiental.sc/blog/saiba-como-e-feita-a-reciclagem-de-vidro/#:~:text=Ap%C3%B3s%20a%20coleta%2C%20o%20vidro,para%20remover%20todas%20as%20sujeiras.

Etapas da reciclagem dos vidros:
  • A coleta e separação do vidro
  • Realizada a triagem para retirada de impurezas como plástico, metal e outros materiais que possam estar misturados
  • Realizada a lavagem do material.
  • Trituração do vidro e aquecimento do mesmo a 1.300°C.
  • E para finalização a moldagem no novo formato desejado, sendo ele copos, pratos, garrafas e outros. 
https://certificacaolixozero.com/eventos/2022/05/27/encontro-campari-lixo-zero/

Postado pelo Grupo Coelho

Referências:


VIVO, Redação Ciclo. Plano de logística reversa do vidro vai receber R$ 50 milhões. Ciclo Vivo: Por um mundo melhor. São Paulo, p. 1-2. 22 nov. 2023

SUSTENTABILIDADE, Portal (org.). Logística Reversa: o que muda para as embalagens de vidro?. Portal Sustentabilidade. São Paulo, p. 0-1. 10 jan. 2023.

ROCHA, Rauane. Primeiro plano de logística reversa de vidro aprovado pelo governo vai receber investimento de R$ 50 milhões. Sagres. São Paulo, p. 0-1. nov. 2023.

AMBIENTE, Ministério do Meio (ed.). Logística Reversa: governo federal institui o sistema de logística reversa para embalagens de vidro. Gov.Br. Brasília, p. 1-1. 23 dez. 2022.

GERAL, Secretaria. Presidente institui o sistema de logística reversa para embalagens de vidro. Gov.Br. Brasília, p. 0-1. dez. 2022.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Centro de Distribuição (CD)

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

 

Um Centro de Distribuição (CD) é uma instalação logística criada para o armazenamento, organização e distribuição eficiente de mercadorias. Essencial na cadeia de suprimentos, o CD conecta fornecedores ou fabricantes aos pontos de venda ou aos clientes finais. Os CDs recebem produtos em grandes volumes de diversos fornecedores e os redistribuem em menores quantidades para atender às demandas dos mercados locais, regionais ou internacionais.

As principais funções de um Centro de Distribuição incluem o recebimento, armazenamento, separação, embalagem e envio de mercadorias. Adicionalmente, esses centros podem realizar atividades como etiquetagem, montagem de kits de produtos, personalização de itens e controle de qualidade.


A eficácia de um CD é crucial para empresas que necessitam de entregas rápidas e precisas, como varejistas, e-commerces e indústrias. A adoção de tecnologias avançadas, como sistemas de gerenciamento de armazém (WMS), automação e robótica, é essencial para otimizar os processos, reduzir custos operacionais e melhorar a capacidade de resposta às exigências do mercado.


Em suma, o Centro de Distribuição (CD) desempenha um papel fundamental na cadeia de suprimentos ao garantir a movimentação eficiente e eficaz de mercadorias desde os fornecedores até os clientes finais. Ao proporcionar um fluxo contínuo e otimizado de produtos, o CD ajuda a reduzir custos operacionais, melhorar o tempo de resposta e atender às demandas específicas do mercado. A utilização de tecnologias avançadas, como sistemas de gerenciamento e automação, potencializa ainda mais a eficiência dos CDs, permitindo uma gestão mais precisa e adaptável às necessidades das empresas. Embora frequentemente confundido com um armazém, o CD se distingue por suas funções adicionais, como a separação e embalagem de pedidos, e seu foco na integração entre fornecedores e clientes. Por outro lado, o armazém se especializa no armazenamento eficiente de produtos e insumos, atendendo mais diretamente às necessidades da produção. Ambos são elementos indispensáveis na logística empresarial, cada um com suas funções específicas, contribuindo para o sucesso global das operações comerciais.

Esse posicionamento estratégico já promove o alcance de algumas metas, como a redução de gastos, pois os custos com frete e combustível diminuem.

Vale também fazer uma diferenciação entre o centro de distribuição e o armazém, pois é natural que exista alguma confusão em relação a esses dois conceitos. O CD funciona como um elo que liga o fornecedor ao cliente. Assim, ele se propõe a atender o cliente da maneira mais prática e objetiva possível. Para empresas varejistas, por exemplo, os produtos geralmente são enviados a partir do CD, pois ele abrangem mais etapas que podem atender a demandas específicas.

Por outro lado, o armazém apresenta como função mais importante estocar itens com eficiência, o que inclui o produto acabado, a matéria-prima, os equipamentos e demais insumos. Ele atende, principalmente, o setor produtivo do negócio. O ritmo de trabalho em um armazém é menos rigoroso e mais lento.

Enfim, tanto o armazém quanto o CD são ativos valiosos, mas com atuações estratégicas diferentes.



Postado pelo Grupo Papa-Léguas


Referências:

https://www.totvs.com/blog/atacadista-distribuidor/centro-de-distribuicao/#:~:text=O%20centro%20de%20distribui%C3%A7%C3%A3o%20ou,uma%20empresa%20de%20forma%20centralizada.

https://www.pngwing.com/pt/free-png-ytpdz/download

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