Logística de Medicamentos: Como os Remédios Chegam à População no SUS?

A logística de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) é um tema fundamental para garantir o acesso a medicamentos essenciais para a população brasileira. A logística envolve ao todo, a compra, armazenamento, transporte e entrega de medicamentos, desde a indústria até às UBS e hospitais públicos. Neste artigo, vamos apresentar como funciona a logística de medicamentos no SUS, os desafios enfrentados e as soluções alcançadas


A estrutura da Cadeia Logística do SUS

A cadeia logística do SUS é composta por diversos responsáveis, incluindo o Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. 

O Ministério da Saúde é responsável por definir as políticas e diretrizes para as linhas farmacêuticas, enquanto as Secretarias Estaduais e Municipais são responsáveis por implementar essas políticas e gerenciar a logística de medicamentos em seus respectivos domínios visando atender a demanda.

O Ministério da Saúde desempenha um papel importante na logística de medicamentos no SUS, pois é responsável por:
  • Definir as políticas e diretrizes para a assistência farmacêutica;
  • Estabelecer padrões de qualidade para os medicamentos;
  • Gerenciar a compra e a entrega de medicamentos para os estados e municípios.
As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde são responsáveis por:
  • Implementar as políticas e diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde;
  • Gerenciar a logística de medicamentos em seus respectivos domínios;
  • Garantir que tenha os medicamentos essenciais para a população.

A armazenagem, controle de estoques e transporte são etapas críticas na logística de medicamentos no SUS. A armazenagem envolve a guarda de medicamentos em locais seguros e adequados, enquanto o controle de estoques envolve a gestão da quantidade de medicamentos disponíveis. 

O transporte envolve a movimentação de medicamentos desde a indústria até as UBS e hospitais públicos.

A logística de medicamentos no SUS enfrenta desafios como falta de medicamentos essenciais, armazenamento inadequado e falhas no transporte, prejudicando o abastecimento de hospitais e UBS. 

Esses problemas comprometem o acesso da população a tratamentos e exigem melhorias urgentes na gestão e infraestrutura.

Para superar os desafios, o SUS está implementando várias soluções, incluindo:

  • O Sistema HÓRUS, que é um sistema de gerenciamento da assistência farmacêutica;
  • A criação de centrais de armazenagem e entrega de medicamentos;
  • A implementação de programas educacionais e treinamentos para seus profissionais.
Sistema HÓRUS

O Sistema HÓRUS é um sistema de gerenciamento da assistência farmacêutica que busca melhorar e atender as demandas da logística de medicamentos no SUS.



Esse sistema oferece várias funcionalidades e benefícios, dentre elas:

  • Gestão da compra e distribuição de medicamentos;
  • Controle de estoques e armazenamento;
  • Informações sobre a disponibilidade de medicamentos essenciais;
  • Melhoria da eficiência e eficácia da logística de medicamentos.

No entanto, a logística de medicamentos no SUS ainda enfrenta desafios importantes, como a falta frequente de medicamentos, armazenamento inadequado e controle de estoques ineficiente, além de problemas que atrasam a entrega aos postos de saúde e hospitais. Essas falhas prejudicam o acesso da população aos tratamentos necessários.

A logística de medicamentos no SUS é complexa, mas fundamental para garantir que a população tenha acesso a tratamentos. Apesar dos desafios, tecnologia e melhorias na gestão estão ajudando a tornar o sistema mais eficiente.

POSTADO PELO GRUPO MADAGASCAR

REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde – Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf

HÓRUS – Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/horus_folder.pdf

Assistência Farmacêutica no Brasil vol. 4 – Logística de Medicamentos. Disponível em: https://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2022/12/Assistencia-Farmaceutica-no-Brasil-vol-4-Logistica-de-Medicamentos.pdf

Logística de Medicamentos: A Logística reversa

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) desempenha um papel crucial na implementação da logística reversa de medicamentos no Brasil, visando garantir o descarte ambientalmente adequado de medicamentos vencidos ou em desuso e suas embalagens.
Como funciona o processo de logística reversa

1. Entrega pelo consumidor: Os consumidores levam os medicamentos vencidos ou em desuso até as farmácias participantes, onde são disponibilizados recipientes específicos para a coleta desses produtos.

2. Coleta pela distribuidora: As distribuidoras responsáveis recolhem os medicamentos descartados nas farmácias e os transportam para pontos de armazenamento secundário.

3. Destinação final pelo fabricante/importador: Os fabricantes ou importadores realizam a destinação final ambientalmente adequada, como a incineração, dos medicamentos coletados.

Resultados alcançados

Desde a implementação do programa, o Sistema de Logística Reversa de Medicamentos Domiciliares (LogMed) já coletou mais de 1.387 toneladas de resíduos. 

Atualmente, o programa conta com 6.684 pontos de coleta ativos em 679 municípios, atendendo aproximadamente 135 milhões de pessoas.

Importância da participação do consumidor

A eficácia da logística reversa depende significativamente da conscientização e participação ativa dos consumidores. 

Ao descartarem corretamente os medicamentos vencidos ou em desuso nos pontos de coleta designados, contribuem para a prevenção da contaminação do solo e da água, além de promoverem a saúde pública.

A iniciativa da Abrafarma, em conjunto com outras entidades do setor farmacêutico, reforça o compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental, promovendo práticas que beneficiam toda a sociedade.

A lei PNRS

A Lei nº 12.305/2010 que tem como meta estabelecer uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. No entanto, quase uma década após a publicação da referida Lei, percebe-se ainda que há muito a se conquistar em relação à destinação correta de resíduos em grande parte das cidades brasileiras. 


A não observação dos parâmetros estabelecidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, colide com direitos fundamentais do Direito Ambiental, previstos no artigo 225 da Constituição Federal de 1988 e com vários princípios doutrinários do direito ambiental. 

A Constituição da República Federativa do Brasil afirma, no artigo 225 que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”, afirma também que este é um “bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, e para que o meio ambiente permaneça em equilíbrio, impõe ao Poder Público, e à coletividade, o dever de defendê-lo e de preservá-lo para as presentes e futuras gerações.



Anvisa

A falsificação, o roubo e todos os demais desvios relativos à movimentação, comercialização e administração de medicamentos são responsáveis por diversos prejuízos e mortes, não apenas no Brasil, mas também ao redor do mundo. 

Dada a gravidade do problema, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda às autoridades governamentais o fortalecimento da cadeia de abastecimento, com vistas à garantia de sua integridade. 

Sendo assim, esta Nota Técnica apresenta o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), em implementação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que introduz a rastreabilidade na Cadeia de Movimentação de Medicamentos do Brasil; e descreve a operacionalização e os resultados alcançados durante os testes realizados na fase experimental do sistema. 

Os resultados alcançados, conforme demonstrado, indicaram que a rastreabilidade é aderente à cadeia de medicamentos, suficiente para garantir a integridade recomendada pela OMS e ainda atua como ferramenta à serviço de uma melhor comunicação na área da saúde.

ONGs ambientais e cooperativas

É comprovado que o impacto que os resíduos de medicamentos causam ao meio ambiente é um grave problema.

A preocupação das empresas que participam dessa cadeia produtiva deu origem ao Programa Descarte Consciente.

Ao descartar os medicamentos no lixo comum, na pia ou no vaso sanitário, você contribuirá, mesmo sem saber, com um grave problema de saúde pública.

Cada Quilograma de medicamento descartado incorretamente pode acabar contaminando até 450.000 litros de água.

Veja na ilustração a seguir como, tanto pelo esgoto como pelo lençol freático, as substâncias químicas contidas nos medicamentos chegam aos rios e córregos e podem contaminar a água que bebemos.

Em cada Farmácia existe uma estação coletora que foi desenvolvida com alta tecnologia e segurança visando a atender às exigências sanitárias e facilitar o descarte adequado de seus medicamentos.

POSTADO PELO GRUPO JAPÃO

REFERÊNCIAS

Portal Oficial da Abrafarma – Logística Reversa

Notícia sobre a Participação das Farmácias na Logística Reversa

Relatório sobre o Crescimento da Logística Reversa de Medicamentos

Sistema LogMed – Logística Reversa de Medicamentos

Programa descarte consciente

Google Acadêmico

Logística Hospitalar: Como os Medicamentos Chegam ao Paciente


A logística hospitalar de medicamentos é um dos processos mais delicados dentro de um hospital, pois qualquer erro de armazenamento pode comprometer a qualidade dos medicamentos, impactando diretamente o tratamento dos pacientes, precisa de um cuidado que vai além da entrega final e é necessário manter o cuidado em todos os estágios, desde o armazenamento até o seu transporte.

O processo de distribuição de medicamentos envolve rigorosos controles logísticos e sanitários, para evitar danos aos produtos e assegurar que os remédios cheguem em segurança e com qualidade aos pacientes. 


PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

Produção e liberação do medicamento

Os medicamentos são produzidos, testados e embalados conforme as normas da ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária).

Depois de liberados, os medicamentos são enviados para os centros de distribuição. Esses centros são responsáveis pelo armazenamento adequando.

Transporte para farmácias e hospitais

Farmácias, hospitais, drogarias e clínicas são os pontos finais antes dos medicamentos chegarem aos pacientes. O transporte exige regras rígidas para evitar danos aos medicamentos, seguindo os critérios de transporte de medicamentos da ANVISA, como:

  • Controle de temperatura em veículos refrigerados;
  • Registro detalhado de cada etapa e
  • Treinamento dos funcionários para o manuseio dos produtos.

COMO É FEITA A LOGÍSTICA HOSPITALAR

Dentro do hospital a logística pode ser resumida em 11 etapas:

  1. Recebimento conferência dos pedidos e verificação da integridade das embalagens, lote, validade e quantidade;
  2. Endereçamento (alocação de produtos nas áreas de estocagem, conforme lote e validade);
  3. Dispensação Individualizada;
  4. Dispensação coletiva;
  5. Dispensação de Kits de procedimento;
  6. Rastreabilidade desde a entrada até o consumo;
  7. Gerenciamento de Estoque;
  8. Gestão de material consignado;
  9. Controle de administração de medicamento;
  10. Logística reversa estorno físico, contábil e financeiro dos produtos não consumidos pelo paciente);
  11. Gestão automática de requisição de compras. 
A logística eficiente e com boa estrutura garante o sucesso da operação de leitos hospitalares, principalmente quando se trata de gestão de medicamentos, as soluções logísticas se tornam indispensáveis para a gestão de 3.500 leitos em instituições públicas e privadas. 

A falta de qualquer medicamento pode influenciar de maneira negativa no tratamento do paciente, uma das maiores inovações é a automação de gestão de estoque, tornando-se possível o monitoramento de medicamentos, controle de validade, evitando falta de produtos essenciais e desperdícios de medicamentos vencidos. 

Outro ponto superimportante é a rastreabilidade em tempo real, possibilitando o rastreamento desde a saída do centro de distribuição até a chegada nos hospitais, garantido a entrega no prazo adequado, a otimização de rotas de entrega também é outro ponto importante, sendo possível planejar rotas que minimizem tempos e reduzam custos. 


POSTADO PELO GRUPO CHINA


REFERÊNCIAS

COMO FUNCIONA o processo de distribuição de medicamentos. Omni Solução Hospitalar. Disponível em: https://omnihospitalar.com.br/2025/03/14/como-funciona-o-processo-de-distribuicao-de-medicamentos/ Acesso 09 de abr. de 2025.

CONHEÇA o passo a passo do medicamento dentro do hospital. Saúde Business. Disponível em: https://www.saudebusiness.com/artigos/conhea-o-passo-passo-do-medicamento-dentro-do-hospital/ Acesso 09 de abr. de 2025.

EFICIÊNCIA logística. Intero Brasil. Disponível em:
https://site.interobrasil.com.br/eficiencia-logistica-farmacia-gestao-hospitalar/, Acesso em 09 de abr. de 2025.




Logística de Medicamentos: Desafios na Distribuição no Brasil

Desigualdade regional no acesso a medicamentos é um problema recorrente em muitos países, inclusive no Brasil, e envolve diferenças no fornecimento, distribuição e disponibilidade de medicamentos entre diferentes regiões geográficas, especialmente entre áreas urbanas e rurais, ou entre regiões mais desenvolvidas e menos desenvolvidas. É a diferença na oferta e acesso a medicamentos essenciais entre regiões do mesmo país. Algumas áreas contam com farmácias bem abastecidas, centros de saúde estruturados e fácil acesso à medicação, enquanto outras enfrentam escassez, dificuldade logística e falta de profissionais qualificados.


Causas principais

Infraestrutura precária: Regiões afastadas ou com poucos recursos podem não ter postos de saúde adequados.

Falta de logística eficiente: Problemas no transporte e armazenamento comprometem o fornecimento.

Distribuição desigual de recursos públicos: Verbas de saúde nem sempre são distribuídas de forma equitativa.

Baixo investimento em regiões pobres: Áreas menos desenvolvidas recebem menos atenção de políticas públicas e da indústria farmacêutica.

Burocracia e má gestão: Demora na compra e distribuição dos medicamentos traz consequências graves para a população, principalmente nas regiões mais carentes. A falta de medicamentos essenciais pode transformar doenças tratáveis em problemas crônicos ou até mesmo fatais, comprometendo a saúde de milhares de pessoas. Isso contribui diretamente para o aumento da mortalidade, sobretudo por enfermidades que poderiam ser evitadas ou controladas com o tratamento adequado.

Além disso, essa realidade aprofunda a desigualdade social e econômica. Indivíduos que vivem em áreas com menor acesso a serviços de saúde enfrentam dificuldades não apenas para cuidar da própria saúde, mas também para manter uma rotina regular de estudos e trabalho. A ausência de condições básicas compromete o desenvolvimento pessoal e profissional, criando um ciclo de pobreza e exclusão.

Outro efeito preocupante é o uso inadequado de remédios. 


Diante da escassez de medicamentos, muitas pessoas recorrem à automedicação ou a alternativas inseguras, o que pode piorar o quadro clínico e gerar novas complicações. Esses fatores revelam como a falta de acesso a medicamentos vai muito além da questão de saúde, impactando diretamente a qualidade de vida e a justiça social no País.

Portanto, é fundamental que o poder público adote medidas eficazes para combater essa desigualdade. Investimentos em infraestrutura, políticas públicas regionalizadas e parcerias que levem medicamentos às regiões mais carentes são estratégias essenciais para garantir um sistema de saúde mais justo e acessível. O acesso igualitário a medicamentos é um passo indispensável para a construção de uma sociedade mais saudável e equitativa.

Problemas na Logística e infraestrutura

Alguns dos principais desafios na distribuição de medicamentos incluem: regulamentação, armazenamento, controle de temperatura, infraestrutura, rastreabilidade, custos de transporte, falta de conhecimento dos profissionais, entre outros fatores.

Regulamentação e padronização da Anvisa

O processo logístico de medicamentos deve aderir a padrões de qualidade rigorosos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros órgãos fiscalizadores.

Na prática, quer dizer que muitas empresas falham, por exemplo: ao manipular produtos perecíveis; pela ausência de informações sobre medicamentos controlados e/ou perigosos; devido à falta de detalhes sobre as etapas das operações de transporte e/ou armazenamento; pela inexistência de indicações a respeito das características da operação quanto à mão de obra, ao funcionamento, aos procedimentos de carregamento das coletas e, também, à devolução dos produtos.

Armazenamento e controle de temperatura

A necessidade de condições específicas de armazenamento, especialmente para vacinas e produtos biológicos, apresenta um desafio significativo.

A manutenção dessas condições ao longo da cadeia de distribuição é crucial para evitar a perda de medicamentos, especialmente em áreas com infraestrutura precária.

Em geral, a temperatura nos locais de estocagem não deve ficar acima de 25ºC ou 30°C para os medicamentos comuns. 

A maioria dos produtos farmacêuticos precisa ser armazenada e transportada em temperaturas que variam entre 15º até 25º para conservar a sua efetividade. Enquanto que, para os produtos termolábeis, ela deve variar entre 2ºC e 8ºC.

Descuido no manuseio é um dos erros da logística farmacêutica

A delicadeza dos fármacos requer um manuseio mais cauteloso, dos operadores logísticos às farmácias. É importante atuar com o máximo profissionalismo no armazenamento e na expedição desses produtos.

Descuidos no empilhamento máximo de caixas, nas prateleiras e nos armários, além de falta de clareza sobre as regras de abertura de geladeiras e câmaras frias, são situações que influenciam as variações de temperatura e prejudicam os medicamentos.

Falta de infraestrutura

A ausência de infraestrutura de saúde adequada em algumas regiões dificulta a distribuição eficaz de medicamentos, incluindo a falta de instalações de armazenamento, transporte confiável e pessoal capacitado.

Rastreabilidade

Sistemas eficazes de rastreamento são essenciais para monitorar o fluxo de medicamentos desde a fabricação até o paciente.

Esses sistemas garantem a rastreabilidade ao longo da cadeia de distribuição, prevenindo a falsificação e assegurando a segurança do paciente.

Custos elevados

A distribuição de medicamentos, especialmente em áreas remotas, pode ser onerosa devido aos custos associados ao transporte, armazenamento e manuseio adequados, afetando a acessibilidade para certas populações.

Falta de conhecimento dos profissionais

A falta de conhecimento entre os profissionais do setor logístico de farmácia prejudica diretamente a distribuição eficiente dos medicamentos.

A falta de treinamento apropriado do time é outro erro muito comum, dificultando a realização das tarefas muito específicas encontradas na indústria farmacêutica. Porém, a integridade dos produtos depende de uma equipe bem preparada para lidar com o armazenamento e a entrega dos medicamentos. 

Dependência da importação de medicamentos

A dependência da importação de medicamentos é um tema crítico que afeta a saúde pública em muitos países, incluindo o Brasil. 

A importação de medicamentos é uma prática comum em muitos países, especialmente para aqueles que não possuem uma indústria farmacêutica desenvolvida ou que não produzem certos tipos de medicamentos.

Alguns exemplos de medicamentos que são frequentemente importados pelo Brasil e outros países

Medicamentos para tratamento de câncer: Muitos medicamentos para tratamento de câncer, como o Trastuzumabe (Herceptin) e o Bevacizumabe (Avastin), são importados pelo Brasil.

Medicamentos para tratamento de doenças raras como a Fibrose Cística e a Doença de Huntington, são frequentemente importados pelo Brasil.

Medicamentos para tratamento de HIV/AIDS: Alguns medicamentos para tratamento de HIV/AIDS, como o Tenofovir e o Emtricitabina, são importados pelo Brasil.


A dependência do Brasil em relação à importação de medicamentos e vacinas é um tema crítico que afeta a saúde pública no país. 

Durante a pandemia de COVID-19, o Brasil precisou importar 100% dos imunizantes contra o novo coronavírus, evidenciando a fragilidade do sistema. As causas da dependência incluem políticas públicas ineficazes, falta de atenção ao domínio de patentes e especialização da indústria nacional em copiar medicamentos estrangeiros.

Causas da Dependência

Políticas públicas ineficazes: Incentivam a reprodução e não estimulam o domínio dos processos produtivos.

Falta de atenção ao domínio de patentes: O Brasil não investe o suficiente em pesquisa e desenvolvimento para dominar as patentes de medicamentos e vacinas.

Especialização da indústria nacional: A indústria farmacêutica brasileira se especializou em copiar medicamentos estrangeiros, em vez de desenvolver produtos próprios.

Para reduzir a dependência, é necessário fortalecer parques tecnológicos, investir em infraestrutura e tecnologia, além de incentivar a pesquisa científica voltada à saúde. Também é fundamental promover o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas, garantir financiamento adequado para sua produção e fomentar a colaboração entre a comunidade científica e o setor de saúde, buscando soluções inovadoras para os desafios da indústria farmacêutica nacional.

Com essas estratégias, o Brasil pode desenvolver uma indústria farmacêutica nacional mais forte e reduzir a dependência de importações, garantindo assim a saúde e o bem-estar da população.

Falta de medicamentos essenciais no SUS

A falta de medicamentos essenciais no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é um problema crônico e grave que afeta significativamente a população. 

Desde o início de 2022, o desabastecimento de remédios básicos como antibióticos, antitérmicos, antialérgicos e até mesmo soro fisiológico tem sido uma realidade enfrentada por mais de 80% das cidades brasileiras, conforme dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). 

Essa escassez não se limita à rede pública, pois hospitais privados também enfrentam dificuldades para adquirir medicamentos essenciais, como soro, com 87,6% dos hospitais particulares relatando problemas de abastecimento.

A falta de medicamentos no SUS tem consequências graves para a saúde pública. Estudos indicam que mais de 10 milhões de brasileiros caem na pobreza anualmente em função de gastos com saúde. Além disso, a escassez de remédios pode levar ao agravamento de doenças, aumento de internações e até mesmo mortes evitáveis. A situação é particularmente crítica para medicamentos pediátricos, que são essenciais para tratar doenças em crianças.

Para superar essa crise, é necessário um esforço conjunto entre governo, indústria farmacêutica e sociedade civil para garantir a produção e distribuição adequadas de medicamentos essenciais, além de investimentos em infraestrutura e tecnologia para reduzir a dependência de importações.


Alto custo dos medicamentos

O alto custo dos medicamentos no Brasil é um problema complexo que envolve diversos fatores, como tributação elevada, burocracia, logística, pesquisa e desenvolvimento, regulação de preços e concorrência limitada. O país possui uma das maiores cargas tributárias sobre medicamentos do mundo, com impostos que podem chegar a 42% do preço final, enquanto países como Canadá e Reino Unido adotam alíquota zero para medicamentos essenciais. Além disso, a logística de distribuição é onerosa devido às barreiras interestaduais, infraestrutura precária em regiões remotas e custos elevados de transporte e armazenamento.

Outro fator importante é o alto investimento necessário para pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, que pode levar até 10 anos e custar cerca de US$ 1 bilhão. Embora isso justifique parte dos preços elevados, não explica por que os medicamentos brasileiros são mais caros em comparação com outros países. 

A regulação de preços feita pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estabelece limites máximos para os valores cobrados, mas o preço final ainda pode variar conforme estratégias comerciais e descontos oferecidos pelas farmácias.

Esses fatores impactam diretamente o acesso da população aos tratamentos necessários, especialmente para doenças graves como câncer, onde os custos podem ser exorbitantes. Isso também sobrecarrega o sistema público de saúde, que precisa arcar com altos custos para adquirir medicamentos essenciais.

Algumas soluções possíveis para reduzir esses preços incluem a redução da carga tributária sobre medicamentos, melhorias na infraestrutura logística, incentivo à produção nacional de insumos farmacêuticos e fortalecimento da concorrência por meio do estímulo ao mercado de genéricos e biossimilares.


Burocracia e regulamentação

É verdade que ninguém gosta de democracia, mas quando se trata de medicamentos que contém substâncias que podem afetar diretamente seu corpo e mente, é de suma importância que todo o processo seja feito seguindo todas as regulamentações e processos padrões do sistema.

Registro: Antes de um medicamento poder ser distribuído em território brasileiro ele precisa ser aprovado e registrado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o processo de registro é na maior parte dos casos lento, com muitas exigências técnicas, análises e troca de documentos.

Licitações: Antes do governo comprar qualquer medicamento ele precisa abrir uma licitação, ou seja, ela deve oferecer a oportunidade de todos os fornecedores oferecerem seus serviços, o objetivo é garantir que o governo consiga a melhor proposta possível envolvendo custo e benefício, apesar de importante esse processo pode demorar anos dependendo da complexidade do medicamento, o que pode atrasar muito a chegada de um medicamento de última tecnologia no Brasil.

Outro fator que infelizmente se prolifera pelo Brasil é a constante corrupção, que em sistema já lento e burocrático por si só, acaba facilitando a ocultação de irregularidades, licitações fraudulentas causam desvios de medicamentos que podem acabar parando no mercado negro por preços acima do valor médio, fazendo pessoas que tem direito aos medicamentos desamparadas.

Em conjunto, todos esses atrasos e processos burocráticos podem causar diversos impactos na vida dos brasileiros como a demora no tratamento dos pacientes, desperdício de medicamentos que passam da data de vencimento antes que possam serem usados pelo povo além da desigualdade do acesso aos remédios mais específicos, principalmente nas regiões mais pobres.

POSTADO PELO GRUPO ÁUSTRIA


REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência farmacêutica no SUS: fundamentos, práticas e políticas. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde: acesso e utilização de serviços de saúde. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br

Organização Mundial da Saúde (OMS). Medicamentos essenciais: acesso, políticas e desafios globais. Genebra: OMS, 2021. Disponível em: https://www.who.int

PAHO/OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Acesso a medicamentos e tecnologias de saúde nas Américas: panorama e desafios. Washington, D.C.: OPAS, 2017. Disponível em: https://www.paho.org/pt

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Relatório sobre desigualdades regionais no SUS e seus impactos no acesso à saúde. Brasília: CNS, 2019. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br

INFRAMETRO, 10 erros na logística farmacêutica. Disponível em: https://inframetro.com.br/10-erros-da-logistica-farmaceutica/ Acesso em 11/4/25

CENTRO DE UNIVERSIDADE SÃO CAMILO. Principais desafios na distribuição de medicamentos. Disponível em: https://www.posead.saocamilo.br/principais-desafios-na-distrib uicao-de-medicamentos Acesso em 11/4/25

IPEA. Brasil ainda importa 90% da matéria-prima necessária para a produção de vacinas. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/arti gos/426-brasil-ainda-importa-90-da-materia-prima-necessariapara-a-producao-de-vacinas. Acesso em: 11 abr. 2025.

BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Dependência de insumos importados torna o SUS vulnerável, diz ministra da Saúde na 5ª CNCTI. Disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/202 4/07/dependencia-de-insumos-importados-torna-o-sus-vulnera vel-diz-ministra-da-saude-na-5a-cncti. Acesso em: 11 abr. 2025.

ARTMED. Por que o Brasil depende da importação de medicamentos. Disponível em: https://artmed.com.br/artigos/por-que-o-brasil-depende-da-im portacao-de-medicamentos#:~:text=O%20Brasil%20tem%20o %20s%C3%A9timo,ela%20pode%20fazer%20para%20reagir.. Acesso em: 11 abr. 2025.

EPSJV, Falta de medicamentos atinge mais de 80 cidades. Disponível em: https://www.epsjv.fiocruz.br/podcast/falta-de-medicamentos-a tinge-mais-de-80-das-cidades, Acesso em 11/4/25

REVISTA ABRALE, Por que há falta de medicamentos no Brasil?, Disponível em: https://revista.abrale.org.br/direito/2021/11/por-que-ha-faltade-medicamentos-no-brasil , Acesso em 11/4/25

BIORED BRASIL, Desabastecimento de medicamentos, Disponível em: https://www.bioredbrasil.com.br/desabastecimento-de-medica mentos-no-sus-deixa-42-dos-pacientes-com-doencas-cronicassem-medicamento-por-ate-2-meses , Acesso em 11/4/25

FARMACÊUTICAS, Porque a logística de medicamentos custa mais caro no Brasil? Disponível em https://www.farmaceuticas.com.br/porque-a-logistica-de-medi camentos-custa-mais-caro-no-brasil/, Acesso em 10/4/25

CFF, Falta de medicamentos nas farmácias de alto custo pode gerar altos prejuízos à saúde dos pacientes, Disponível em https://site.cff.org.br/noticia/noticias-do-cff/05/02/2024/faltade-medicamentos-nas-farmacias-de-alto-custo-pode-gerar-gra ves-prejuizos-a-saude-dos-pacientes, Acesso em 10/4/25

Repositório FGV. Discrionariedade da burocracia em áreas-meio: compras na saúde na prefeitura de São Paulo: Disponível em: https://repositorio.fgv.br/items/27cab85d-a903-49d1-af3d-ddd3279d18b1

FGV. A corrupção prejudica a saúde dos brasileiros. Disponível em: https://pesquisa-eaesp.fgv.br/publicacoes/gvp/corrupcao-prejudica-saude-dos-brasileiros. 

Logística de Medicamentos: A importância da rastreabilidade na logística farmacêutica


O Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), criado pela lei 13.410/2016, tem o objetivo de acompanhar os medicamentos em toda a cadeia produtiva, desde a fabricação até o consumo pela população.

A rastreabilidade realizada pelo SNCM tem benefícios significativos, que vão desde uma maior segurança de pacientes e de profissionais em relação aos medicamentos utilizados, até um maior controle de produção e de logística.

O sistema abrange todas as etapas da cadeia logística, desde a fabricação do produto, até a dispensação do medicamento, local onde é administrado ou dispensado ao consumidor final.

A implementação desta medida envolve fatores fundamentais relacionados à segurança, como por exemplo:
  • Combate a medicamentos falsificados;
  • Prevenção ao roubo de cargas;
  • Recolhimento de lotes com problemas de qualidade;
  • Farmacovigilância mais eficiente visando a segurança do paciente;
  • Redução de riscos de desabastecimento de medicamentos.

Falando sobre os impactos da rastreabilidade, sua aplicação permite que o produto seja mantido em integridade.

De acordo com um Informe Técnico da Anvisa, divulgado pela própria Sindusfarma, a rastreabilidade assegura a procedência do medicamento, bem como o manuseio, armazenagem e transporte adequados em toda a cadeia logística. Além que essa tecnologia aumenta a segurança do paciente, já que é possível acessar todo o histórico do medicamento por meio de um simples código na embalagem.

Como funciona?

A rastreabilidade de medicamentos ocorre por meio do rastreio de lotes ou unidades individualizadas. Porém, o mais comum na cadeia de abastecimento é o rastreamento por lote.

Quando o rastreio é voltado às unidades dos medicamentos, entra em cena o Identificador Único de Medicamentos – IUM, que permite o acompanhamento em qualquer ponto da etapa logística, ou seja, desde a indústria até à farmácia ou hospital.

E as principais tecnologias envolvidas no processo de rastreabilidade são:

Códigos de barras bidimensional: usado para identificar e registrar informações.

loT (Internet das Coisas): permite o monitoramento em tempo real da localização, temperatura e outras condições dos medicamentos durante o transporte e armazenamento.

Inteligência artificial (IA): analisa grandes volumes de dados e detecta possíveis falhas na cadeia de distribuição.

WMS (Sistema de Gerenciamento de Armazém): facilita o controle dos estoques, localização dos itens e datas de validade, garantindo a conformidade regulatória.



Legislação e Normas

A rastreabilidade de medicamentos é regulamentada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Lei nº 5.991/1973 define o que é medicamento e a Lei nº 13.410/2016 estabelece prazos para regulamentação e implementação da rastreabilidade.




A Anvisa também estabelece normas complementares por meio de resoluções. A RDC nº 430/2020 trata dos procedimentos que devem ser seguidos para o monitoramento da temperatura durante o transporte, garantindo a integridade e a qualidade dos produtos farmacêuticos. Além disso, a RDC nº 53/2021 complementa o processo ao definir regras claras para o registro e controle dos medicamentos dentro do sistema regulatório brasileiro.

Sistemas de Gestão e Monitoramento

As empresas de médio e grande porte hoje necessitam de ferramentas digitais, para auxiliar todo o processo de gestão das altas demandas. Partindo da compra até a entrega, com o sistema de integração Enterprise Resources Planning (ERP), é possível obter maior produtividade, relatórios acelerados e fazer previsões evitando riscos. Dentre os softwares mais contratados estão: Fox Manager, Dollibar, SAP, Bling ERP e MarketuP.

Nesse contexto, a Ecoporto Santos é uma das transportadoras de importação parceira da indústria farmacêutica, licenciada pela Anvisa. Desse modo, a fim de facilitar a gestão ela oferece grande capacidade de armazenagem, localização privilegiada e monitoramento de Key Performance Indicators (KPI’s) viabilizando suporte rápido aos seus clientes.


Desafios na Implementação da Rastreabilidade

A segurança do consumo de medicamentos é dada pelos órgãos da rastreabilidade. A Anvisa lidera a rastreabilidade de medicamentos para garantir a segurança no consumo, mas ainda enfrenta desafios.

Existe uma urgência em capacitar colaboradores que estão envolvidos no processo da rastreabilidade. Esta falta de recurso, pode gerar falhas no acompanhamento de cargas, sendo ignorado desvios de rotas e movimentações suspeitas dos medicamentos. Por isso, uma empresa especializada em gerenciamento de riscos no setor de fármacos é essencial para aumentar a segurança e evitar o contrabando de medicamentos.


Da mesma forma, grandes desafios da rastreabilidade encontram-se dentro das próprias indústrias farmacêuticas, que visam revisar seus processos internos para definir recursos corretos na coleta de dados, na qualidade de serviços e na diminuição de erros para melhor estruturação interna.

Diante de todos os pontos apresentados, fica evidente que a rastreabilidade é um pilar fundamental na logística farmacêutica. Mesmo com os desafios na implementação, os avanços na legislação, no uso de tecnologias e na gestão integrada mostram que o setor está no caminho certo para um controle cada vez mais eficiente e seguro.

POSTADO PELO GRUPO SUÍÇA

REFERÊNCIAS

BASSO, Victor. Rastreabilidade de Medicamentos: desafios e impactos para a cadeia da saúde. 2021. Victor Basso. Disponível em: Victor Basso. Acesso em: 09 abr. 2025.

CANTERAS, Ricardo. Sistema de rastreabilidade de medicamentos. 2023. Disponível em: https://www.abradilan.com.br/saude/sistema-de-rastreabilidade-de-medicamentos-ainda-um-desafio/. Acesso em: 09 abr. 2025.

PACHECO, Anderson. Rastreabilidade de medicamentos: como garantir a segurança dos produtos. como garantir a segurança dos produtos. 2023. Disponível em: https://opentechgr.com.br/blog/rastreabilidade-de-medicamentos/. Acesso em: 09 abr. 2025.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Rastreabilidade. 2025. Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/rastreabilidade. Acesso em: 09 abr. 2025.

ECOPORTO SANTOS. O terminal. 2025. Disponível em: https://www.ecoportosantos.com.br/servicos/o-terminal. Acesso em: 09 abr. 2025.

SAP. What is ERP? 2025. SAP Brasil. Disponível em: https://www.sap.com/brazil/products/erp/what-is-erp.html. Acesso em: 09 abr. 2025.

SEBRAE. Confira 5 ERPs gratuitos para utilizar no seu negócio. 2025. Sebrae. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/confira-5-erps-gratuitos-para-utilizar-no-seu-negocio,f8bf788855ba2810VgnVCM100000d701210aRCRD. Acesso em: 09 abr. 2025.

OPENTECH. Rastreabilidade de medicamentos. 2025. Opentech. Disponível em: https://opentechgr.com.br/blog/rastreabilidade-de-medicamentos/. Acesso em: 09 abr. 2025.

SENSORWEB. Rastreabilidade de medicamentos: importância e dicas para otimizar esse processo. 2025. Sensorweb. Disponível em: https://sensorweb.com.br/rastreabilidade-de-medicamentos-importancia-e-dicas-para-otimizar-esse-processo/. Acesso em: 09 abr. 2025.

SENIOR. Tecnologias para a logística na indústria farmacêutica. 2025. Senior Sistemas. Disponível em: https://www.senior.com.br/blog/tecnologias-para-a-logistica-na-industria-farmaceutica. Acesso em: 09 abr. 2025.

KESTRAA. Rastreabilidade de medicamentos na indústria farmacêutica. 2025. Kestraa. Disponível em: https://www.kestraa.com.br/rastreabilidade-de-medicamentos-na-industria-farmaceutica/. Acesso em: 09 abr. 2025.

SINDUSFARMA. Anvisa divulga Informe Técnico sobre o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. 2025. Sindusfarma. Disponível em: https://sindusfarma.org.br/noticias/indice/exibir/6231-anvisa-divulga-informe-tecnico-sobre-o-sistema-nacional-de-controle-de-medicamentos. Acesso em: 09 abr. 2025.

SINDUSFARMA. Libbs fará parte do projeto-piloto de rastreabilidade da Anvisa. 2025. Sindusfarma. Disponível em: https://sindusfarma.org.br/noticias/empresas-foco/exibir/7507-libbs-fara-parte-do-projeto-piloto-de-rastreabilidade-da-anvisa. Acesso em: 09 abr. 2025.

Logística de Medicamentos: Produtos que precisam de refrigeração

A cadeia fria tem o objetivo de conservar produtos com temperatura controlada, utilizando de características de manuseio, armazenamento, distribuição e transportes de objetos, fazendo com que a temperatura não sofra de variações, preservando o produto. São essenciais para o transporte de vacinas e medicamentos que não podem sofrer nenhum tipo de variação térmica.

A cadeia fria requer vários tipos de documentos e normas para ser realizada, necessitando que a qualificação e validação da armazenagem dos produtos seja registrada a fim de comprovar que o veículo tem capacidade para o transporte da carga. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS), estimou que cerca de 50% das vacinas produzidas em todo o planeta chegam estragadas em seus locais de desembarque, isso ocorre por conta de seus modelos de armazenamento. Roberto Vilela, presidente da RV Ímola, empresa de logística hospitalar, afirma que:
A quebra da cadeia do frio é um ponto importantíssimo que deve ser tratado na logística hospitalar com muita atenção. Sem uma cadeia fria bem estruturada e moderna, não é possível ter eficiência na gestão de medicamentos de um hospital,

Quando falamos em medicamentos, o transporte eficiente é fundamental para que o produto mantenha a segurança e a qualidade necessários. Esse tipo de carga exige cuidados que devem ser seguidos à risca para evitar qualquer tipo de problema.

Muitos desses medicamentos precisam ser armazenados em local com baixa temperatura e para o deslocamento adequado são utilizados os contêiners refrigerados. Esse tipo de contêiner precisa da atenção frequente do responsável pelo carregamento, pois qualquer falha pode significar a perda da carga, além disso, ele também precisa planejar não só o trajeto, mas também as condições de condicionamento da carga. É preciso verificar, no caso de transporte marítimo por exemplo, se o navio terá tomadas disponíveis para receber o contêiner e ainda garantir que ele será manejado da forma correta, com o intuito de prevenir acidentes que podem causar danos.

Outro fator importante é que muitos pacientes também são dependentes de tratamento contínuo, por isso, a agilidade no transporte também é fundamental para que eles não fiquem desamparados. Nesse cenário o transporte aéreo contribui muito, pois é o meio mais rápido para que o pedido chegue até o destino.

Sem a devida organização, o abastecimento à população fica comprometido e as consequências podem ser graves como a falta de insumos em hospitais para tratamento emergencial ou especial como contra o câncer e o desabastecimento em farmácias. Além disso, o condicionamento ou o manuseio inadequado podem interferir na qualidade do produto e gerar consequências graves aos consumidores, em alguns casos levando até mesmo à morte. Por esse motivo, órgãos fiscalizadores como a ANVISA, o Ministério da Saúde e alguns outros, são essenciais em cada etapa, pois eles garantem a segurança do medicamento que chega até o usuário final.

 

As câmaras frias utilizam tecnologias como sensores, sistemas de rastreamento, softwares de gestão, painéis isotérmicos, válvulas solenoides, e sistemas de discadora.

Os sensores e sistemas de rastreamento, monitoram a temperatura e umidade e acompanham a localização dos produtos em tempo real. Os Softwares de gestão, controlam o estoque e vencimento dos produtos, além de organizar o processo de armazenamento e distribuição. 

Os painéis isotérmicos são utilizados para isolar a temperatura interna. Eles mantem os produtos armazenados nas condições desejadas, esses painéis possuem baixa densidade, baixa absorção de umidade, resistência a deformações e oferecem um bom custo-benefício.

A válvula solenoide controla o fluxo de fluido refrigerante em câmaras frias, permitindo que o refrigerante circule para o evaporador ou condensador. 

O sistema de discadora em uma câmara fria é um dispositivo que liga para números de telefone programados quando a câmara apresenta falhas ou variações de temperatura. Isso permite que profissionais atuem rapidamente para evitar prejuízos. Já a tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência) pode ser usada para rastrear produtos, controlar o inventário e monitorar a segurança.

Umas das tecnologias mais utilizadas em câmaras frias é o data logger. Um data logger, é um dispositivo que monitora e registra a temperatura e umidade de uma câmara frigorífica. Ele é um mini registrador de dados eletrônicos que pode ser usado para controlar a qualidade de produtos armazenados ou transportados.

O monitoramento e o controle de temperatura contínuos são recomendados pela Anvisa, já que a temperatura mínima para insumos e medicamentos congelados é de -18ºC e para frios entre 2ºC e 8ºC. O monitoramento inteligente permite identificar indícios de eventos irregulares, como variações de temperatura e umidade.


Um dos principais obstáculos a cadeia fria é a manutenção constante da temperatura ideal. As variações ocorrem devido a possíveis falhas em equipamentos de refrigeração durante o transporte ou armazenamento dos insumos, condições climáticas extremas que acabam afetando a estabilidade térmica ou até mesmo erros humanos como a frequência na abertura de compartimentos refrigerados, comprometendo o ambiente interno.

Tais flutuações acabam degradando os medicamentos, os tornando assim ineficazes ou até prejudiciais à saúde. Para as vacinas, por exemplo, é recomendado a faixa de 2 a 8 º Celsius para preservar a sua eficácia. Sendo assim, é necessária a implementação de tecnologias de monitoramento em tempo real, como exemplo, para detectar e corrigir rapidamente as variações de temperatura, garantindo a segurança dos produtos.

Outro desafio abrangente é o transporte de medicamentos refrigerados para áreas de difícil acesso. A infraestrutura precária afeta diretamente a forma de transporte para tais localidades, estradas não pavimentas ou inexistentes refletem em toda a logística para o consumo dos insumos. Em muitos casos, é necessário utilizar modais alternativos, como barcos ou helicópteros, elevando os custos operacionais e aumentando o tempo de entrega. Sem contar com as condições ambientais diversas que dificultam o transporte e aumentam o risco de perda.

 


Segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC 430 de 2020 adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), dentre as definições a serem seguidas pelas empresas que armazenam, transportam e distribuem medicamentos, as Boas Práticas de Armazenagem (BPA), Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem (BPDA), e Boas Práticas de Transporte (BPT) são conjuntos de ações a serem seguidos que garantem a qualidade e controle dos medicamentos.

A UPS Healthcare é uma empresa que “[...] gerencia e entrega dispositivos que salvam vidas, testes de diagnóstico críticos, medicamentos, terapias [...] para clientes no mundo todo” (UPS HEALTHCARE, 2024). Como uma organização que atua no transporte e armazenamento de medicamentos e fármacos, a UPS é um modelo de negócio que já adquiriu diversas companhias, inclusive atuantes no Brasil, expondo o sucesso neste segmento de mercado e em seu modelo de negócio.

Para medicamentos que precisam de refrigeração, logo um tratamento adequado, a UPS Healthcare possui em seus serviços embalagens que atendem as especificidades de cada item a ser conservado, dentre outras soluções da chamada “Cold Chain”, ou “Cadeia Fria”. Segundo a UPS os serviços são de visibilidade e monitoramento com tecnologia avançada de rastreamento, Sistema de Gestão da Qualidade (QMS) com a filosofia Kaizen, gerenciamento de transportes multimodal, embalagens personalizadas de cadeia fria e monitoramento térmico e armazenamento de remessas frias, congeladas e criogênicas.


No Brasil a UPS Healthcare possui cinco unidades localizadas nas regiões centro-oeste, sudeste e sul do país. Cada uma delas possuem armazenamentos com capacitações de estocagem e conservação diferentes, sendo:

Unidade de Aparecida de Goiânia (GO) - Armazenamento congelado, frio e CRT (temperatura ambiente controlada);
Unidade de Itajaí (SC) - Armazenamento congelado, frio e CRT;
Unidade de Cajamar (SP) - Armazenamento frio e CRT;
Unidade de Itapevi (SP) - Armazenamento congelado, frio e CRT;
Unidade de São Paulo (SP) - Armazenamento frio.

Dentre todas as unidades brasileiras, às de Aparecida de Goiânia e Cajamar são da UPS Healthcare, os armazenamentos de Itajaí e Itapevi são da Bomi Group (empresa adquirida pela UPS em 2022) e a unidade de São Paulo que pertence a Marken (empresa global de soluções de cadeia de suprimentos para o setor de ciências biológicas, adquirida pela UPS em 2016).

Sem a devida organização, o abastecimento à população fica prejudicado e as consequências podem ser graves como a falta de insumos em hospitais para tratamento emergencial ou especial como contra o câncer e o desabastecimento em farmácias. Além disso, o condicionamento ou o manuseio inadequado podem interferir na qualidade do produto e gerar consequências graves aos consumidores, em alguns casos levando até mesmo à morte. Por esse motivo, órgãos fiscalizadores como a ANVISA, o Ministério da Saúde e alguns outros, são essenciais em cada etapa, pois eles garantem a segurança do medicamento que chega até o usuário final.

POSTADO PELO GRUPO CANADÁ

 

REFERÊNCIAS



Saúde business. Cadeia Fria: O Grande Desafio da Logística. Disponível em: https://www.saudebusiness.com/artigos/cadeia-fria-o-grande-desafio-da-logstica-farmacutica/. Acesso em: 11 abr. 2025

Accmetrologia. Você realmente sabe o que é cadeia fria? Disponível em: https://accmetrologia.com.br/voce-realmente-sabe-o-que-e-cadeia-fria/. Acesso em: 11 abr. 2025

Armazenamento e distribuição de medicamentos na cadeia fria. Disponível em: https://www.lajbm.com.br/index.php/journal/article/download/209/114 Acesso em: 11 abr. 2025

INDREL Scientific. Tecnologias para cadeia de frio. Disponível em: https://www.indrel.com.br/2023/05/tecnologias-cadeia-de-frio/ acesso em: 11 abr. 2025

Tecnolatina. Câmara fria: o que é e como funcionam câmaras frigoríficas. Disponível em: https://www.tecnolatina.com.br/blog/camara-fria. Acesso em: 11 abr. 2025

RDC 430/2020 - Imprensa Nacional. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n-430-de-8-de-outubro-de-2020-282070593. Acesso em: 11 abr. 2025

Perguntas e Respostas RDC 430 de 2020 – Portal Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/perguntas-e-respostas/perguntas-e-respostas-rdc-430-de-2020.pdf. Acesso em: 11 abr. 2025

UPS HEALTHCARE. Soluções e Rede Global. 2025. Disponível em: https://www.ups.com/br/pt/healthcare/home?_gl=1*hw3atn*_up*MQ..&gclid=EAIaIQobChMIy8TSj6HOjAMVMUFIAB0EmRXYEAAYASAAEgI0EPD_BwE&gclsrc=aw.ds. Acesso em: 11 abr. 2025.

Gerson Steves e a Logística de Eventos

Gerson Steves é publicitário, jornalista e mestre em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, com pesquisa voltada para Produtos Midiáticos.

Com uma sólida carreira como planejador e diretor de eventos corporativos, ele traz uma visão completa e estratégica sobre o universo da logística aplicada a eventos.

Além disso, Gerson é: 
🎭 Ator, diretor teatral, dramaturgo, preparador de elenco e pesquisador em Teatro Musical; 
📚 Autor do livro “A Broadway Não é Aqui”; 
🎙️ Professor na Escola A Voz em Cena e no SENAC, no curso de Produção de Eventos;
📣 Especialista em midiatraining 📌.


Neste vídeo você vai descobrir:

  • O que é logística de eventos e onde ela pode ser aplicada;
  • Tipos de eventos e suas particularidades;
  • Como pensar estrategicamente na produção, organização e execução de um evento;
  • Dicas valiosas para quem quer atuar (ou já atua) na área de produção e eventos.

🎬
Não deixe de assistir até o final, curtir 👍, comentar 💬 e compartilhar com quem ama o mundo dos eventos e da produção cultural! #LogísticaDeEventos #EventosCorporativos #ProduçãoDeEventos #GersonSteves #EscritaAcadêmica #Comunicação #TeatroMusical #ABroadwayNãoÉAqui

🔗 Redes sociais do Gerson Steves: Instagram: [@gerson_steves](  / gerson_steves  ) LinkedIn: [Gerson Steves](  / gerson-steves-78412a18  ) Facebook: [Gerson Steves](  / gerson.steves  )

POSTADO PELA PROFª ME. GISELE ESTEVES PRADO



DESTAQUE

Até Breve!

Queridos alunos, leitores, seguidores e parceiros do nosso querido Blogisticando... Depois de muitas sextas-feiras animadas, domingos criat...

MAIS POPULARES