Supply Chain: A Espinha Dorsal do Mundo Moderno

O que é Supply Chain?

O Supply Chain Management, que em português significa Gestão da Cadeia de Suprimentos, é o sistema que engloba todas as etapas envolvidas na produção e entrega de um produto ou serviço, desde a obtenção de matérias-primas até a chegada ao consumidor final. Ele conecta fornecedores, fabricantes, distribuidores, varejistas e clientes por meio de fluxos coordenados de materiais, informações e finanças.

Tal sistema é fundamental para a economia global porque é ele que garante que tudo chegue onde precisa, na hora certa e da melhor forma possível. Desde alimentos no supermercado até medicamentos em hospitais ou peças em fábricas, tudo depende dessa rede complexa de processos e pessoas que trabalham, muitas vezes nos bastidores, para fazer o mundo girar.

Na prática, o Supply Chain conecta produtores, fornecedores, transportadoras, centros de distribuição e consumidores. Sem essa engrenagem funcionando bem, produtos somem das prateleiras, preços disparam e setores inteiros da economia podem parar. Um bom exemplo disso foi a pandemia: a escassez de máscaras, álcool gel, vacinas e até chips eletrônicos mostrou como o mundo depende de cadeias de suprimentos bem organizadas e resilientes.

Segundo o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP), uma das principais autoridades globais no assunto:

“A gestão da cadeia de suprimentos abrange o planejamento e a gestão de todas as atividades envolvidas em sourcing e compras, conversão e todas as atividades de gestão logística. É importante destacar que também inclui a coordenação e a colaboração com parceiros de canal, que podem ser fornecedores, intermediários, prestadores de serviços terceirizados e clientes”.

Portanto, a cadeia de suprimentos conecta os setores de uma empresa, tornando sua cadeia produtiva e estratégica mais funcional, com o objetivo de melhorar o relacionamento com fornecedores e as entregas que realiza aos seus clientes.

Segundo a definição do site TOTVS.com, o Supply Chain visa estruturar boas práticas e formas de coordenar todo trabalho necessário para que produtos ou serviços sejam entregues ao cliente de modo a seguir com os padrões de qualidade, superar expectativas e também ser lucrativo.

Além disso, a gestão de cadeias de suprimentos movimenta a economia global de forma real, gerando empregos, fomentando o comércio internacional e obrigando as empresas a inovarem constantemente para manter agilidade, sustentabilidade e eficácia em seus processos. Quando bem gerenciado, todo mundo ganha, desde quem produz até quem consome

Ainda segundo o TOTVS, em geral, podemos resumir os tipos de cadeias de suprimentos a 4, sendo:

· Enxuta: utilizada em mercados competitivos, mas sem necessidade de uma corrida desenfreada pela competitividade. É baseada em conceitos de Just-in-Time.

· Ágil: aplicada em mercados onde o objetivo é responder rapidamente a demandas imprevisíveis, mesmo sem preços elevados. É o caso das indústrias de commodities.

· Flexível: utilizada para dar conta da demanda flexível e variável, como na indústria de bens de consumo. O objetivo é compor um supply chain integrado, robusto e rápido.

· Reabastecimento contínuo: muito necessário para alguns varejos ou negócios gastronômicos, por exemplo. O objetivo é fidelizar clientes e montar uma estrutura de entrega contínua e sem falhas.

Um Supply Chain bem estruturado traz uma série de benefícios para a empresa, entre os principais, podemos destacar a redução de custos e desperdícios, transparência e otimização de espaço e recursos.

Cada participante possui papel fundamental na trajetória do produto até o consumidor final. A ordem de participação de cada um deles ocorre da seguinte forma:

· Fornecedores: Fornecem matérias-primas ou componentes.

Ex: um produtor de aço fornece chapas metálicas para uma montadora de carros.

· Fabricantes: Transformam matérias-primas em produtos acabados.

Ex: a montadora utiliza o aço, motores e outros componentes para produzir veículos.

· Distribuidores: Responsáveis pelo armazenamento e transporte dos produtos até os varejistas ou consumidores.

Ex: centros de distribuição e transportadoras.


· Varejistas / Pontos de venda: Vendem o produto ao consumidor final.

Ex: concessionárias de veículos ou e-commerce.


· Consumidores: Compram e utilizam o produto ou serviço.

Exemplos de cadeias de suprimentos bem estruturadas

BRINGG

A Bringg disponibiliza uma plataforma abrangente de gestão de entregas para empresas, possibilitando o gerenciamento de todo o processo logístico, desde a recepção do pedido até a entrega ao consumidor final. As suas soluções tecnológicas incluem o processamento de pedidos, hubs de entrega, entregas de última milha e centros de distribuição. A companhia colabora com fornecedores, clientes e vendedores para aprimorar a cadeia de suprimento, disponibilizando recursos para a administração de várias frotas, controle de inventário e envio de alertas instantâneos aos motoristas sobre entregas urgentes.

WALMART

Walmart é uma figura importantíssima na indústria de cadeia de suprimentos, gerenciando centenas de Centros de Distribuição de alta tecnologia globalmente. A companhia também adquire diversos produtos, incluindo os que vende em suas lojas físicas, com o objetivo de satisfazer as necessidades de grande volume e manter os custos reduzidos.

E faz um grande investimento na Tecnologia blockchain para resolver essa questão. 

Com a utilização da Hyperledger, o Walmart desenvolveu um Sistema de rastreabilidade para melhorar a transparência e a confiabilidade do seu processo de cadeia de suprimentos. Ele também emprega a tecnologia blockchain para corrigir inconsistências de dados em seu processo de faturamento e pagamentos às empresas de transporte.

AMAZON

A Amazon é uma das maiores empresas de cadeia de suprimentos do mundo. Sendo reconhecida principalmente por sua plataforma de e-commerce que facilita vendas para milhões de fornecedores e vendedores terceirizados, além de comercializar seus próprios produtos. A empresa administra sua própria rede de centros de distribuição e serviços logísticos, utilizando tecnologias avançadas como análise de dados, robôs em armazéns e até drones de entrega. Essa integração tecnológica permite à Amazon realizar entregas rápidas e eficientes, além de manter altos níveis de precisão no controle de estoque e no atendimento ao cliente.

RYDER SYSTEM, INC

A Ryder é uma companhia especializada em gestão de cadeias de suprimentos, transporte e frotas, oferecendo diversas soluções tecnológicas para ajudar empresas em áreas como armazenagem, distribuição, intermediação de frete, e-commerce e entregas de última milha. Além disso, fornece serviços completos de leasing, aluguel e manutenção de caminhões equipados com sensores IoT para coleta de dados de desempenho e rastreamento por GPS.

APPLE

A Apple utiliza análises de dados de ponta e inteligência artificial para otimizar suas operações na cadeia de suprimentos. Essas tecnologias auxiliam na previsão de demanda, na gestão de estoque e na identificação de potenciais interrupções antes que elas ocorram.

A estratégia de cadeia de suprimentos da Apple concentra-se na criação de uma experiência integrada para o cliente. A empresa investiu fortemente em suas lojas físicas, que proporcionam aos clientes uma experiência de compra personalizada. A Apple também utiliza sua loja online para oferecer aos clientes uma maneira conveniente de comprar produtos. Além disso, a Apple desenvolveu uma rede logística robusta que lhe permite entregar produtos aos clientes de forma rápida e eficiente.

Como a tecnologia vem revolucionando a área

A cadeia de suprimentos está passando por uma transformação sem precedentes, impulsionada por tecnologias emergentes que aumentam a eficiência, visibilidade e resiliência das operações logísticas. Empresas que adotam essas inovações estão melhor posicionadas para enfrentar desafios globais e atender às crescentes demandas dos consumidores.

A integração de tecnologia na gestão de supply chain utiliza diversas ferramentas inovadoras que estão transformando o setor:

· Inteligência Artificial e Machine Learning: utilizadas para prever demandas, otimizar rotas e gerenciar estoques de forma mais eficiente.

· Internet das Coisas (IoT): monitora cargas, condições ambientais e desempenho de equipamentos em tempo real.

· Blockchain: assegura transações e rastreamentos com segurança e transparência.

· Big Data: analisa grandes volumes de dados para melhorar o planejamento.

· Automação: reduz erros manuais e aumenta a produtividade em armazéns.

· Sistemas ERP/WMS: tornam a gestão integrada e digital.

· Sustentabilidade: a tecnologia também favorece práticas mais ecológicas e econômicas.

Além disso, há uma valorização crescente de softwares e sistemas internos, como intranets, que permitem às empresas — inclusive de pequeno e médio porte — controlar melhor seus estoques e processos internos.

Segundo Thomaz Wood e Paulo Zuffo, a cadeia de demanda deve ser integrada por um subsistema de informação, o que ressalta a importânciade ferramentas como SAP, ERP, WMS, SRM e outros métodos de gerenciamento de estoques.

POSTADO PELO GRUPO CANADÁ

REFERÊNCIAS

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