As lâmpadas fluorescentes possuem em sua composição resíduos nocivos, como o mercúrio, um metal pesado que prejudica o sistema nervoso do organismo humano quando ingerido ou inalado.
Em 27 de novembro de 2014 foi assinado o Acordo Setorial para a implantação do sistema de logística reversa de lâmpadas. Estabelece que as lâmpadas inservíveis contendo mercúrio devem ser entregues pelo consumidor, conforme legislação vigente, aos estabelecimentos que comercializam estes produtos, caso eles não tenham um Ponto de Entrega devem indicar locais alternativos.
A Reciclus é responsável por operacionalizar a logística reversa das lâmpadas fluorescentes. A entidade sem fins lucrativos disponibiliza Pontos de Entrega em estabelecimentos comerciais de todo o Brasil.
Como Funciona?
A
logística reversa de lâmpadas fluorescentes envolve várias etapas para garantir
que as lâmpadas sejam descartadas de maneira segura e ambientalmente correta.
- Coleta: as lâmpadas devem ser entregues, nas embalagens de origem ou em caixas, garantindo a sua integridade. Para evitar o vazamento de substâncias tóxicas, até que sejam processadas.
- Transporte: recebidas nos Pontos de Entrega, serão encaminhadas a uma Central de Armazenamento ou a uma Unidade de Processamento, com licença ambiental, em conformidade com Diretriz Técnica do Órgão Ambiental Estadual competente.
- Processamento: Na instalação de processamento, as lâmpadas são trituradas em um sistema fechado para capturar o vapor de mercúrio. Os materiais resultantes, incluindo vidro, metais e pó de fósforo (que contém o mercúrio), são então separados.
- Reciclagem: Os materiais separados são então reciclados. O vidro e os metais podem ser reutilizados em novos produtos. O mercúrio pode ser reutilizado em novas lâmpadas ou em outros produtos.
- Disposição Segura: Qualquer resíduo que não possa ser reciclado é então descartado de maneira segura.
O que pode ocasionar o descarte incorreto de Lâmpadas Fluorescentes?
Esses dispositivos, essenciais para a iluminação moderna, muitas vezes, contêm substâncias potencialmente perigosas, como mercúrio e outros metais pesados, o que pode gerar impactos ambientais e para a saúde humana.
O mercúrio, por sua vez, presente nas lâmpadas fluorescentes, é uma substância altamente tóxica que pode se acumular nos seres vivos, provocando danos irreversíveis ao sistema nervoso e causando efeitos adversos à saúde humana.
Além disso, o mercúrio exposto pode resultar em danos aos animais aquáticos, afetando toda a cadeia alimentar.
- Contaminação ambiental
Quando as lâmpadas são descartadas no lixo comum, há o risco de quebra, liberando substâncias tóxicas no ar, solo e na água.
- Riscos a saúde humana
O mercúrio, presente em lâmpadas fluorescentes, é prejudicial à saúde humana. A exposição prolongada pode causar danos neurológicos, renais e respiratórios. Seu descarte irregular pode afetar diretamente pessoas que trabalham na coleta desses resíduos.
- Perda de recursos
As lâmpadas possuem componentes como o vidro e metal, que em alguns estados do Brasil podem ser reaproveitados na fabricação de outros produtos, evitando a extração de novos recursos naturais e promovendo a economia circular.
- Poluição do Ar
Durante
o processo de queima em aterros sanitários, as lâmpadas podem liberar poluentes
atmosféricos, contribuindo para a poluição do ar e a emissão de gases de efeito
estufa. Campanhas educativas são fundamentais para conscientizar a população
sobre a importância de práticas responsáveis no manuseio desses resíduos.
O que diz a regulamentação sobre o descarte de Lâmpadas Fluorescentes:
Existem muitas dúvidas em relação ao descarte de lâmpadas não é mesmo?
No entanto a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).
A Lei instituiu, entre outras diretrizes, a logística reversa, que de acordo com a própria PNRS tem a seguinte definição:
“Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”
Nesse sentido, um dos princípios centrais da logística reversa é o da responsabilidade compartilhada. O que isso significa? Significa que a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos deve ser dividida por todos os envolvidos:
- Fabricantes;
- Importadores;
- Distribuidores;
- Comerciantes;
- Consumidores;
- Titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
Com
a responsabilidade compartilhada, é possível reintroduzir os resíduos/materiais
do pós-consumo em novos ciclos produtivos. Dessa forma o meio ambiente é
preservado, uma vez que há uma redução da extração de matérias-primas.
https://youtu.be/OS-9zmh9hoU?si=hvzzsUSEtfDp96Vu
Postado
pelo Grupo Lontra
REFERÊNCIAS
BRASIL. SINIR+. Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista. 2021. Disponível em: https://sinir.gov.br/perfis/logistica-reversa/logistica-reversa/lampadas-fluorescentes-de-vapor-de-sodio-e-mercurio-e-de-luz-mista/. Acesso em: 03 maio 2024.
RECICLUS (São Paulo). Logística Reversa de lâmpadas: o que é e como fazer?. 2022. Disponível em: https://reciclus.org.br/blog/logistica-reversa-de-lampadas-o-que-e-e-como-fazer/. Acesso em: 03 maio 2024.
LOGÍSTICA
Reversa de lâmpadas: o que é e como fazer?2022. Reciclus. Disponível em:
https://reciclus.org.br/blog/logistica-reversa-de-lampadas-o-que-e-e-como-fazer/.
Acesso em: 07 maio 2022.
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