Quando desastres naturais, atentados terroristas ou quaisquer emergências complexas atingem comunidades vulneráveis, a capacidade de resposta rápida e eficaz pode significar a diferença entre a vida e a mote. É nesse contexto que a Logística Humanitária desempenha um papel crucial.
De acordo com a Federação Internacional da Cruz Vermelha (conforme citado em Meirim, 2007), a logística humanitária compreende os processos e sistemas necessários para mobilizar pessoas, recursos e conhecimentos com o objetivo de auxiliar comunidades vulneráveis impactadas por desastres naturais ou crises complexas. Ela visa proporcionar uma resposta ágil, atendendo o maior número possível de pessoas, evitando escassez e desperdício, coordenando as diversas doações recebidas e, sobretudo, operando dentro de um orçamento restrito.
A Logística Humanitária surgiu como vertente de conhecimento e pesquisa cientifica em meados de 2002, época a qual presenciamos uma das maiores catástrofe terroristas da humanidade, o ataque ao World Trade Center. Mas só foi em 2004 no tsunami que atingiu o continente Asiático, que se houve o interesse em estuda-lo academicamente e aplicar melhoria devido a grande quantidade de desastres que aconteceu desde então.
Onde a Logística Humanitária se aplica?
Um dos pontos onde a logística humanitária é aplicada, e é de extrema importância, quando falamos em desastre naturais. As vítimas desses desastres acabam por ficarem em situações vulneráveis. A logística age quando se trata da entrega de mantimentos essenciais, tais como, alimentos, remédios, roupas etc...
Também vale notar a importância junto com a logística, a administração de manter as vítimas em abrigos, todos bem organizado e ao mesmo tempo suprimindo suas necessidades. Em abril de 2024 o Brasil testemunhou a maior enchente do estado do Rio Grande do Sul, que deixou milhares de pessoas em situações de abrigo. A logística e administração foram necessários para socorrer milhares pessoas que agora se encontravam sem lar.
Rio Grande do Sul e Logística Humanitária
A logística humanitária foi crucial na resposta à tragédia no Rio Grande do Sul. Sua rapidez em mobilizar equipes de resgate e suprimentos vitais, como alimentos e medicamentos, salvou vidas. Mesmo com a infraestrutura danificada, a logística utilizou diversos meios de transporte para alcançar as áreas mais isoladas atingidas.
Essa logística também foi vital para realocação segura de pessoas das áreas de risco e para o estabelecimento de abrigos temporários. Para se ter uma breve noção, quando a situação atingiu seu pico de calamidade, foi necessário alocar e organizar espaço, recursos e equipe para ajudar cerca de 81,2 mil pessoas que estavam abrigadas, e dentro dessa logística é preciso que a distribuição de todos os recursos seja feita de forma rápida e balanceada pra que todos possam ser ajudados. Em situações como essa, a logística humanitária é indispensável para mitigar os impactos e apoiar a recuperação das regiões afetadas.
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